Mulher de Valor – Com Ana Claudia Vanzelli

Mulher de Valor – Com Ana Claudia Vanzelli

A Mulher vale muito mais que Diamantes. Esse é o conceito de valor, no livro de Provérbios para as Mulheres. Elas são realmente grandiosas, articuladas, destemidas, inteligentes, visionárias, empáticas, solidárias, estrategistas, audaciosas. Essas são algumas das características das mulheres de valor.

O novo artigo da Moving  para a série Mulher de Valor,  conseguiu encontrar todas essas características e um pouco mais na nossa entrevistada. Ana Cláudia Vanzelli é psicóloga clínica e hospitalar há vinte e seis anos, especialista em: transtorno de ansiedades, orientação vocacional, tanatologia, psicofarmacologia, psicodrama e palestrante com formação em artes cênicas, abordando diversos temas relacionado ao comportamento humano.

A conversa tem doses psicológicas temperadas de filosofias segundo a própria Ana. Ela é uma mulher de valor, inspirando mulheres e homens a serem gratos pela vida.

Confira como foi esse bate papo.

1) Para você o que é ser uma Mulher de Valor em uma sociedade que ainda tem um pré-conceito em relação ao empoderamento feminino?

R: Uma mulher de valor, antes de mais nada, é uma pessoa que se conhece e valoriza (aliás só conseguimos confirmar que gostamos de algo ou alguém, se o conhecemos de verdade. A maioria  das pessoas não praticam o olhar interior, logo, tem sua auto estima prejudicada). Valor próprio, auto estima , sempre embasada no dentro, e não no “fora”. Mulher de valor, é aquela que não tem a necessidade de provar nada, apenas vive sua verdade, sendo assim segura em suas atitudes

2) Na sua opinião por que ainda existe esse pré-conceito com as mulheres no que tange o espaço conquistado nos mercados que antes eram dominados pelo sexo masculino?

R: Viemos de uma cultura de muitos e muitos anos, pra não dizer todo o sempre (aff), onde a mulher sempre era vista como a subordinada, a dependente, a “segundo plano”… Acredito que a reconstrução do papel, aliado ao empoderamento feminino, será aos poucos… como já vem sendo, mas até sua “totalidade”, precisamos aguardar essa maturação do conceito anterior do papel da mulher.

3) A participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro a cada ano tem ganhado mais destaque. Em 2007, por exemplo, a presença feminina representava 40,8% do mercado formal. A partir do ano de 2016 em diante o número tem aumentado de forma significativa, segundo o Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), porém os salários das mulheres em relação aos homens não tem evoluído na mesma proporção. Na sua opinião por que o mercado ainda faz essa distinção?

R: Acredito que está resposta está vinculado à anterior. Infelizmente, para a consolidação do “novo”, da “nova mulher”, sempre demanda tempo. Ainda vivemos influências da sociedade anterior, onde a mulher vivia com o “menos”, com o segundo lugar, como algo natural e esperado, aceito. Acredito que um dia após o outro, e a mulher seguindo aprimorando na busca da excelência em seu espaço, contribuindo para a evolução no geral, logo essa igualdade se instala de vez.

4)Você tem uma frase inspiradora que diz “ Ainda bem que”. Qual a história por trás dessa frase?

R: Essa frase “aindabemque”, me foi ensinada pelo meu amado e saudoso pai, ser do bem e iluminado! Ele nos ensinou durante toda sua vida, que mesmo diante das situações mais difíceis, mais horrorosas que nós vivêssemos, sempre devíamos respirar e pensar no “aindabemque” daquele momento. Sempre há o que agradecer, sempre há o que aprender … mesmo com as situações não desejadas e que nos levaram a sofrer, então, acredito que um sinônimo para esta frase, seria um “graças a Deus que” completando com algo bom da cena aparentemente ruim. Sempre haverá o aindabemque basta olharmos e valorizarmos, daí tudo fica mais leve e suportável.

5)Nas suas palestras você conta uma passagem da sua vida em que a sua mãe te aconselha sobre prosseguir ou desistir. Ela disse que se você decidisse descer a escada todos os que a conhecem entenderiam a sua decisão, mas se a opção fosse de subir a escada isso poderia te levar a novas experiências, e situações diferentes e positivas na sua vida. Qual o conselho você daria para as mulheres que estão com medo de mudar, se sentindo menosprezada pelo machismo existente dentro das organizações?

R: Acredito que este ensinamento que tive no pior momento da minha vida, eu posso compartilhar, fazendo uma analogia com o que me pergunta, dizendo o seguinte: O medo, seja ele qual for, só existe para nos permitir supera-lo, para ultrapassa-lo. É uma oportunidade de evoluir, Mas você deve vê-lo sempre menor que você, Até porque ele o é. Tudo tem o valor que atribuímos, logo, o medo, é menor que você.Enfrente seu medo um pouquinho de cada vez, nesta questão corporativa, ainda regada ao machismo, acredito que não é necessário a briga, a “força”, o enfrentamento… mas aos poucos , conscientizar através das habilidades, da sutileza da inteligência em resolver o que é preciso, deixar-se perceber valorizada, e claro, imprescindível que esta visão de igualdade, de “poder”, de superação parta de dentro pra fora sem esperar que primeiramente seja percebido de fora. É preciso mostrar-se e sentir-se segura, para que o outro possa vê-la  assim.

6)Deixe uma mensagem para os leitores do blog da Moving Market, em especial as mulheres que nos acompanham.

R: Mostre o que você quer que seja visto, coloque na vitrine o que você compraria, ame-se mais e seja de verdade respeite-se, Acredite em você e viva um dia de cada vez, mas sempre se verdade!!!

 

 

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