Hoje no penúltimo capítulo da nossa serie sobre habilidades, competências e clima organizacional com o tema FCCH –Como está o da sua empresa?. O nosso papel é ajudar as organizações e as pessoas a repensarem o seu modelo de desenvolvimento e capacitação de equipes,dessa forma não somos terroristas intelectuais com fórmulas e visões únicas de sucesso. Pelo contrário, traremos aqui uma visão objetiva sobre clientes atendidos pela Moving Market que tiveram o chamado sucesso dentro do seu cenário de atuação.
Os fatores críticos das competências e habilidades (FCCH) das empresas teoricamente deveriam se concentrar em aprimorar a capacidade de entender para atender os seus clientes. Ontem em Belo Horizonte cidade na qual eu resido, aconteceu um fato que tem total ligação coma série que a Moving Market está disponibilizando ao longo dessa semana.
O restaurante Benvindo localizado emum bairro tradicional na região centro-sul de BH foi palco de uma situação que deveria ser normal, mas geralmente o que acontece é o inverso realizado pelo funcionário desse estabelecimento.
Um homem em situação de rua foi ao restaurante para almoçar. O homem estava descalço e com uma vestimenta simples.Ele foi recebido pelo garçom, que ofereceu uma mesa e prestou um atendimento normal (excelente – como é a característica do local). Para satisfazer o seu momento, o cliente comeu uma massa e tomou um vinho e ao final retirou uma nota de R$50,00 e efetuou o pagamento da conta.

Alguns relatos de quem também acompanhou a cena:
“O gerente Paulo Abreu, de 66 anos, também presenciou a cena. “Ele foi tratado com mais exclusividade do que qualquer outra pessoa. Cheguei a perguntar se a presença dele incomodava outras pessoas,infelizmente ainda é uma realidade. Se fosse o caso, eu o levaria lá para dentro para comer. A gente é humano, não podemos desprezar ninguém. Eu gostaria que esse olhar empático fosse algo natural. A gente fica satisfeito em fazer o bem”, contou o funcionário, que trabalha no bistrô há cinco anos.
Para o proprietário do Benvindo, o empresário Gustavo Viana, a forma como a equipe tratou o homem em situação de rua coroa o trabalho desenvolvido pelo estabelecimento desde que foi inaugurado.“Nada do que ocorreu foi feito pensando em repercussão. Ele queria almoçar e não podíamos negar isso, o que seria até mesmo um crime. Ele tinha dinheiro para pagar e demonstrou humildade, então aceitamos um valor simbólico. Foi até o garçom quem definiu, eu estava lá e vi que ele queria pagar de todo o jeito. Fiquei orgulhoso do pessoal, que o tratou do mesmo jeito que outros frequentadores são tratados”.
Esse pequeno relato traz elementos essenciais para uma organização quando falamos de clima organizacional, habilidades e competências:
- Quando o proprietário do restaurante diz que a forma como a sua equipe tratou o homem coroa o trabalho desenvolvido;isso tem haver com o clima da empresa. Os profissionais são bem tratados e reflete na forma como eles atendem as pessoas independentemente da posição social.
- Quando o proprietário diz que o garçom quem definiu o valor da conta: isso quer dizer autonomia aos funcionários. Se o profissional foi bem treinado, as suas habilidades e competências estão alinhadas ao propósito do negócio.
- O gerente do estabelecimento disse: “agente é humano, não podemos desprezar ninguém”. O patamar da empresa chegou em um nível acima do esperado, deixou de ver quem entra no estabelecimento como um mero consumidor e passou a trata-los como pessoas.
Como a sua empresa está se comportando no atendimento aos clientes? O seu clima organizacional favorece ou endurece as relações interpessoais dos funcionários com os clientes?
Continue acompanhando nosso blog, amanhã mais um post da série: clima organizacional, habilidades e competências.